Um estudo sobre as desistências em Matemática do IFMT Campus Confresa sobre equidade de gênero na formação profissional

Autores

Palavras-chave:

Educação Matemática, Empoderamento, Equidade de Gênero

Resumo

Uma das pautas mais importantes da atualidade é o empoderamento feminino, cujo objetivo é promover a mulher, sua força, seu poder e sua participação na sociedade. Para tanto, é necessário uma luta diária, onde mulheres precisam mostrar que são capazes de executar as mesmas ações que os homens perante a sociedade, uma vez que foi enraizado o pensamento de que mulheres devem cuidar apenas de seus lares e de que certas profissões devem ser executadas exclusivamente por homens. Além disso, a mulher continua recebendo menos que o homem, quando exerce uma mesma profissão e tem maiores dificuldades de promoções. Dessa forma, a fim de alcançar a igualdade de gênero, esse tema tem sido amplamente discutido no intuito de incentivar as instituições a promoverem essa igualdade no ambiente de trabalho e no empreendedorismo. Porém, um fato a ser considerado é que a mulher pode não possuir as mesmas oportunidades que o homem para se qualificar profissionalmente, ocasionando uma desvantagem na busca por emprego, por sua independência e por sua promoção em hierarquias organizacionais. Por esse motivo, discussões sobre tais assuntos ainda são necessárias e de extrema importância. Nesse sentido, observa-se que no primeiro ano do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Campus Confresa, ingressaram um total de 27 discentes, sendo 13 mulheres e 14 homens e que, no decorrer do primeiro semestre, desistiram 5 mulheres e 2 homens. Dessa forma, o intuito dessa pesquisa é de analisar e entender os fatores que influenciaram essas desistências, não só do primeiro ano como também no desenvolvimento do curso, a fim de entender o perfil dos ingressantes e dos desistentes, que em sua maioria são mulheres, verificar o que as tornam um alvo propenso a desistência, e propor condições de permanência para que as mesmas consigam concluir o curso com êxito e ingressar no mercado de trabalho com todos os seus direitos conquistados, mostrando assim que não existem diferenças entre um homem e uma mulher no mercado de trabalho e no ramo social. Segundo Brech (2018), os papéis sociais impostos pela sociedade, as diferentes expectativas das famílias com relação aos meninos e às meninas e uma educação básica com viés de gênero, estão provavelmente entre as causas para que as mulheres estejam em desvantagem no ingresso da graduação. A autora relata ainda que, a desproporção entre a participação das mulheres na matemática em relação aos homens, se acentua à medida em que se avança nos níveis acadêmicos.

Biografia do Autor

Jefferson Luna da Silva, Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT)

Cursa Licenciatura em Matmeática no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Campus Confresa

Suellen Aparecida Greatti Vieira, Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT)

Bacharela em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá. Licenciada em Matemática pelo Centro Universitário ETEP. Mestra em Matemática Aplicada e Computacional pela Universidade Estadual de Londrina, com enfoque na área de Equações Diferenciais Parciais. Doutora em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá, também com enfoque em Equações Diferenciais Parciais. Atualmente é Professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Confresa e Coordenadora do curso de Especialização em Ensino de Ciências.

Referências

AGRELLO D. A.; GARG R. Mulheres na Física: Poder e preconceito nos países em desenvolvimento. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 31, n. 1, 13050-1 - 1305-6, 2009.

BRECH, C. O 'dilema Tostines' das mulheres na matemática. Revista Matemática Universitária, Rio de Janeiro, n. 54, p. 1-5, 2018.

CARVALHO, T. F. de; FERREIRA, D. H. L.; PENEREIRO, J. C. Matemática, Mulheres e Mitos: causas e consequências históricas da discriminação de gênero. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.18, n.2, p. 571-597, 2016.

LONDERO, L., SORPRESO, T. P; SANTOS, D. M.. Mulheres na licenciatura em Física: um permanecia limitada. Revista Tecné, Episteme y Didaxis: TED (2014), Memorias do Sexto Congresso Internacional sobre Formação de Professores de Ciências, 2015.

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Publicado

28.11.2023

Como Citar

Silva, J. L. da, & Vieira, S. A. G. (2023). Um estudo sobre as desistências em Matemática do IFMT Campus Confresa sobre equidade de gênero na formação profissional. Seminários Integradores De Pesquisa E Extensão Do Curso De Licenciatura Em Matemática Do IFMT Campus Confresa, 1(2). Recuperado de http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/SIPE/article/view/808

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