Seja eu para que sejamos outros: a insurgência do(s) sujeito(s) e o romantismo na canção “Beija eu”, de Arnaldo Antunes, Arto Lindsay e Marisa Monte

Autores

  • Edson José Sant Ana Instituto Federal de Mato Grosso

DOI:

10.47270/ra.v6i13.1028

Palavras-chave:

Romantismo., Capitalismo., Individualidade., Subjetividade., Reificação

Resumo

Este trabalho tem por escopo tratar de questões relativas ao enfrentamento proveniente do modo de ser romântico ao modo de ser objetificante do sociometabolismo mercantil capitalista presentes na canção “Seja eu”, de autoria de Arnaldo Antunes, Arto Lindsay e Marisa Monte. A concepção de romantismo, aqui apresentada, é a mesma inaugurada por Walter Benjamin e desenvolvida por Michael Löwy e o entende como visão de mundo que se opõe à alienação e reificação, fundamentos básicos do mundo capitalista, através da afirmação do “eu”, do “indivíduo”, da “subjetividade” e das relações afetivas cujo interesse único é o desenvolvimento mútuo dos sujeitos.

Referências

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

ANTUNES, Arnaldo; MONTE, Marisa; LINDSAY, Arto. Beija eu. In: MONTE, Marisa. Barulhinho bom. Rio de Janeiro: Phonomotor Records; EMI,1996. Álbum musical.

BENJAMIN, Walter. O Surrealismo. O último instantâneo da inteligência europeia. In: ______. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BOTTOMORE, Tom (ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

GOLDMANN, Lucien. Dialética e Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.

LESSA, Sérgio. A atualidade da abolição da família monogâmica. In: Revista Crítica Marxista, nº 35, 2012. Disponível em https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo279Artigo%202.pdf.

LÖWY, Michael. A estrela da manhã: Surrealismo e marxismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

______. Carga Explosiva: O Surrealismo como Movimento Romântico Revolucionário. In: Guinsburg, J. e Leirner, S. O Surrealismo. São Paulo: Perspectiva, 2008.

______. Walter Benjamin: aviso de incêndio: uma leitura das teses ‘Sobre o conceito de história”. São Paulo: Boitempo, 2005.

______; SAYRE, Robert. Revolta e melancolia: o romantismo na contracorrente da modernidade. São Paulo: Boitempo, 2015.

Marcuschi, L. A. Análise da conversação. 5. ed. São Paulo: Ática, 2003.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de Termos Literários. 12. ed. São Paulo: Cultrix, 2004.

Downloads

Publicado

31-12-2024

Como Citar

JOSÉ SANT ANA, Edson. Seja eu para que sejamos outros: a insurgência do(s) sujeito(s) e o romantismo na canção “Beija eu”, de Arnaldo Antunes, Arto Lindsay e Marisa Monte. Revista AlembrA, [s. l.], v. 6, n. 13, p. 149–160, 2024. DOI: 10.47270/ra.v6i13.1028. Disponível em: https://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/alembra/article/view/1028. Acesso em: 15 jan. 2025.