OBMEP NA PERSPECTIVA DOS AMBIENTES DE APRENDIZAGEM: UMA ANÁLISE DE CONTEÚDO NO PERÍODO DE 2005 A 2017
DOI:
10.23926/RPD.2526-2149.2018.v3.n1.p54-74.id193Palabras clave:
OBMEP, Ambientes de Aprendizagem, Paradigma do Exercício, Cenários para InvestigaçãoResumen
Neste artigo objetivamos investigar as inter-relações entre as questões da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) no período de 2005 a 2017 com os Ambientes de Aprendizagem propostos por Skovsmose (2000). Realizamos uma pesquisa qualitativa na modalidade documental. O corpus da pesquisa foi constituído pelas 260 questões da OBMEP do nível II (8º e 9º anos) do Ensino Fundamental no período de 2005 a 2017. Os dados foram analisados por meio dos procedimentos da Análise de Conteúdo na perspectiva de Bardin (1977). Em nossa análise, procuramos mapear, classificar e analisar cada uma das 260 questões da OBMEP à luz dos aportes teóricos dos Ambientes de Aprendizagem e da Educação Matemática Crítica. Os resultados da pesquisa indicaram que existe uma predominância das questões da OBMEP em relação aos Ambientes 1 e 3 – Paradigma do Exercício com referência à matemática pura e à semi realidade. Concluímos que a OBMEP não deveria servir como parâmetro ou aporte para orientar a prática pedagógica dos professores de Matemática em serviço nas escolas da Educação Básica, porque não possibilita o movimentar-se entre os diferentes Ambientes de Aprendizagem. Concluímos que os professores de Matemática em serviço não devem desenvolver suas práticas pedagógicas em sala de aula simplesmente nos Ambiente1 e 3, relacionados ao Paradigma do Exercício, como constatado na análise das questões da OBMEP no período de 2005 a 2017, mas sim movimentar-se entre os diferentes Ambientes de Aprendizagem.
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