O QUE O BRASIL APRENDEU COM A PANDEMIA DE 2020?

Autores

  • Rogério Makino Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Hérica Makino Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

10.47270/RA.2596-2671.2020.v2.n5.id926

Palavras-chave:

Pandemia, Covid-19, Brasil, Negacionismo, Reflexividade

Resumo

Nesse texto, esboça-se uma interpretação sobre como o Brasil lidou com a pandemia de Covid-19 e um cenário hipotético sobre como será o país pós-pandemia. Argumenta-se que eventos traumáticos em grande escala são oportunidades de aprendizagem social, mas que, no caso brasileiro, houve uma conjunção de fatores culturais, políticos e ideológicos que bloqueou essa oportunidade. A reflexividade – conceito tão alardeado sobre a modernidade – não parece ser a protagonista dessa conjuntura. Entre os fatores mencionados, entrelaçam-se e retroalimentam-se o anti-intelectualismo, o relativismo e o negacionismo, consonantes com o discurso oficial governamental, e potencializados por elementos socioculturais brasileiros como um individualismo exacerbado e a pouca responsabilidade para com o coletivo. Ao final, são listadas algumas lições que deveriam, mas provavelmente não serão aprendidas pelo Brasil.

Biografia do Autor

Rogério Makino, Universidade do Estado de Mato Grosso

Doutor em Ciências Sociais - Universidade de Brasília

Hérica Makino, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutoranda pelo PPGVET/UFMT e Servidora Pública da UFMT/Campus Cuiabá

Referências

BAUMAN, Zygmunt; DESSAL, Gustavo. O Retorno do Pêndulo: sobre a psicanálise e o futuro do mundo líquido. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2017.

BRYM, Robert J. et al. Sociologia: uma bússola para um novo mundo. Cengage Learning, 2006.

GIDDENS, Anthony. As Consequências da Modernidade. São Paulo: Editora UNESP, 1991.

GORENDER, Jacob. Liberalismo e Escravidão. Entrevista. Estudos Avançados, 2002.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. As Raízes do Brasil. Edição Crítica. Companhia das Letras, 2016.

IBARGOYEN, Loiret Chiappa. O Fenômeno Collor: quando a mídia transforma um “cassador” em cassado (1988 - 1992). TCC (Graduação em História). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre – RS, 2019.

LIMA, Leila Souza. 18% dos brasileiros vêem cloroquina como curda da covid; 7% crêem no alho. Valor Econômico. São Paulo, 20 de julho de 2020.

MATTA, Roberto da. Carnavais, Malandros e Heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1979.

ORWELL, George. A Revolução dos Bichos. Companhia das Letras, 2007.

PINHEIRO-MACHADO, Rosana; FREIXO, Adriano de. Brasil em Transe: bolsonarismo, nova direita e desdemocratização. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2019.

SILVEIRA, Ronie A. T. Filosofia Brasileira.Porto Alegre: Editora Fi, 2019.

SOLANO, Esther; ROCHA, Camila (orgs). As Direitas na Rede e nas Ruas: a crise política no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2019.

SOLANO, Esther (org). O Ódio como Política: a reinvenção das direitas no Brasil. Boitempo Editorial, 2018.

Vários Autores. Democracia em Risco: 22 ensaios sobre o Brasil hoje. Companhia das Letras, 2019.

Downloads

Publicado

13-01-2021

Como Citar

MAKINO, Rogério; MAKINO, Hérica. O QUE O BRASIL APRENDEU COM A PANDEMIA DE 2020?. Revista AlembrA, [s. l.], v. 2, n. 5, p. 13–23, 2021. DOI: 10.47270/RA.2596-2671.2020.v2.n5.id926. Disponível em: http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/alembra/article/view/38. Acesso em: 28 abr. 2024.