Direito à alimentação saudável do Povo Iny (Karajá) no período da pandemia de Covid-19
DOI:
10.47270/ra.v5i10.661Palavras-chave:
Direito à alimentação, Saúde indígena, Povos indígenas, Covid-19Resumo
O presente trabalho discute a garantia do direito à alimentação saudável do povo indígena Iny (Karajá) no período da pandemia da Covid-19. A pesquisa é um estudo de caso, realizado com observação participativa e entrevistas a uma família Iny (Karajá) que mora na Aldeia Hawalorá, uma das três aldeias Iny situada no município de Santa Terezinha – MT. Como principais achados, a pandemia revelou as fragilidades tanto no setor de saúde, quanto na segurança alimentar dos povos indígenas, uma vez que faltou alimento nas aldeias no período do isolamento, conclui também que os sistemas alimentares sustentáveis dessa população estão fragilizados e precisam ser potencializados. O estudo aponta para a necessidade de articulação das políticas de saúde, agricultura e meio ambiente, que possibilitem efetivação de produção de alimentos de forma sustentável nas comunidades indígenas, através do fortalecimento de suas práticas tradicionais que estão cada vez mais esquecidas.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico,1988.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 84 p. : il. ISBN 978-85-334-1911-7 1. Política de Nutrição. 2. Política de Saúde. I. Título.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : obesidade / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf Acesso em 20 de Março de 2023
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição /, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de alimentação e nutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política nacional de promoção da saúde: PNaPS. Brasília: Ministério da Saúde, 2014, p.1-24.
CANUTO, Antônio. Resistência e luta conquistam território no Araguaia Mato-Grossense. 1° ed – São Paulo: Outras Expressões, 2019.
COMUNIDADES INY KARAJÁ. Iny Tkylysinamy Rybèna: arte iny karajá: patrimônio cultural do Brasil / Comunidades Iny Karajá. Goiânia: IPHAN-GO, 2019.
DUARTE Candido, Manuelina Maria; ROCHA, Barbara Freire Ribeiro. Presença Karajá: biografias e biofilia em uma investigação sobre cultura material. Aceno-revista de antropologia do centro-oeste, 8 (16):janeiro a abril de 2021. Universidade Federal do Piauí.
DYNIEWICZ, Ana Maria. Metodologia da Pesquisa em Saúde para Iniciantes. 2ª. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2009.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Editora Centauro, 2004
LE GOFF, Jacques. História e memória. São Paulo: Editora da Unicamp, 2003.
Lei nº 11.794 de 1999, Lei Arouca, Subsistema de Atenção à Saúde Indígena a partir de territorialidade por distritos sanitários.
MAGALHÃES, Aline Moreira. Esquecer-se de si: morte, emoções e autoridades em uma comunidade ticuna. Tese de Doutorado em Antropologia, PPGAS-MN-UFRJ.2021. “O direito à terra, o direito de ir e vir: saúde e movimentos indígenas a partir da década de 1970”. In: R.V. Santos; A.L.M. Pontes e F. Machado (orgs.), Políticas Antes da Política de Saúde Indígena. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2014.
MINAYO, M.C.S.(ORG). PESQUISA Social: teoria, método e criatividade. 29.ed Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. preliminar nº 254, de 31 de janeiro de 2002.
NERCY C. Agência IBEGE Notícias. A extrema pobreza atinge 13,5 milhões de pessoas e chega ao maior nível em 7 anos.2020.
NILSON, Andrade RCS, Brito DA, Oliveira ML. Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Rev. Panam Salud Publica 2020;
OIT. Convenção nº 169 sobre povos indígenas e tribais e Resolução referente a ação da OIT/ Organização Internacional do Trabalho. - Brasília: OIT, 2011.
PLATAFORMA DE MONITORAMENTO DA SITUAÇÃO INDÍGENA NA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19) NO BRASIL. Disponível em <https://covid19.socioambiental.org/?gclid=CjwKCAjw8-OhBhB5EiwADyoY1UiFFpQ46s4AytzXpV_wtIruabMMMVRW7B8FuMI9g731UCkbbFvUXxoCE0kQAvD_BwE> acesso em março de 2023.
Ribeiro- Silva RC, Pereira M, Campeão T, Aragão E, Guimarães JMM, Ferreira AJF, Barreto ML, Santos SMC. (colocar nomes completos) Implicações da pandemia COVID-19 para a segurança alimentar e nutricional no Brasil. Cien Saúde colet 2020; (9): 3421- 3430.
SILVA, Maria do Socorro Pimentel; BORGES, Monica Veloso. Práticas pedagógicas de docentes indígenas. Goiânia: Gráfica/UFG, 2015.
SISAN- Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. CONSEA.
Sistema Único de Saúde (SUS) aos 30 anos” Revista Ciência e Saúde Coletiva,23 (6): 1723-1728, 2018.
STRABELLI, Tânia Mara Varejão; UIP, David Everson. COVID-19 e o Coração. Arquivos Brasileiros de Cardiologia , v. 114, p. 598-600, 2020.
TAIS de Moura Ariza Alpino, CLAUDIA Roberta Bocca Santos, DENISE Cavalcante de Barros, CARLOS Machado de Freitas, COVID-19 e (in) segurança alimentar e nutricional na pandemia frente aos desmontes orçamentários e institucionais. CSP- Cadernos de Saúde Pública. 2020.
TORRES, Maristela Sousa. Mulher Karajá: desvendando tradições e tecendo inovações, diálogos sobre as demandas de gênero. Tese apresentada à Banca Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2011. Disponível em: https://repositorio.pucsp.br/bitstream/handle/3299/1/Maristela%20Sousa%20Torres.pdf Acesso em 03 de abril de 2023
WHO-Word Health Organization. Global action plan for the prevention and control of noncommunicable diseases 2013-2020. Geneva: WHO, 2013.
YNYXIWE QUE TROUXE O SOL E OUTRAS HISTÓRIAS DO POVO KARAJÁ / Povo Iny da Aldeia Fontoura, ANGELA Pappiani, MAIRA P. Lacerda, organizadoras - São Paulo: Ikore, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Suyanne Magda Pinheiro de Carvalho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista AlembrA concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
