LICENCIATURAS EM CIÊNCIAS DA NATUREZA DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA (IFRO): O SABER O QUE ENSINAR
DOI:
10.23926/RPD.2526-2149.2020.v5.n1.p249-270.id580Palavras-chave:
Formação inicial em Ciências da Natureza, IFRO, Saber o que ensinarResumo
Este artigo resulta de uma pesquisa realizada nas licenciaturas em Ciências da Natureza do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, por meio de análise documental e questionário misto, e integrou parte de uma pesquisa de doutorado, que objetivou compreender os processos de implantação de licenciaturas no IFRO e a formação inicial de professores das referidas licenciaturas. A análise de quatro Projetos Pedagógicos de Cursos, vigentes entre 2010/1 e 2015/2, evidenciou significativa diferença quantitativa de oferta de disciplinas relacionada ao saber o que ensinar e ausência de disciplinas vinculadas a saberes regionais. A pesquisa também demonstrou que 72,7% dos Docentes Formadores afirmaram que as licenciaturas em Ciências Biológicas, Física e Química garantem a aprendizagem do saber o que ensinar; contudo, apontaram a necessidade de mais discussões e ações coletivas. Todos os Professores Egressos declararam que o saber o que ensinar foi assegurado durante seus processos de formação inicial.
Downloads
Métricas
Referências
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargo. Propostas curriculares em questão: saberes docentes e trajetórias de formação. In: CUNHA, Maria Isabel da (Org.). Reflexões e Práticas em Pedagogia Universitária. Campinas, SP: Papirus, 2007.
ARANHA, Antônia Vitória Soares; SOUZA, João Valdir Alves de. As licenciaturas na atualidade: nova crise? Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 50, p. 69-86, out./dez. 2013, Editora UFPR. Disponível em: https://bit.ly/2D40vDk. Acesso em: 17 ago. 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40602013000400006
BARBOSA, Edson Pereira. Leituras sobre o processo de implantação de uma licenciatura em Ciências Naturais e Matemática por área de conhecimento. 2012. 311 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/102116/barbosa_ep_dr_rcla.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 11 de jun. 2019.
BOLZAN, Doris Pires Vargas. Verbetes. In: MOROSINI, Marília Costa. (Org.). Enciclopédia de Pedagogia Universitária. Glossário vol. 2. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006. Disponível em: https://bit.ly/35v7otB. Acesso em: 11 jun. 2019.
BORGES, Cecília Maria Ferreira. O professor da Educação Básica e seus saberes profissionais. 1. ed. Araraquara: JM, 2004.
BRASIL. Lei n.º 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez. 1993. Disponível em: https://bit.ly/2OtaozH. Acesso em: 11 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio: Parte III – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, 2000. Disponível em: http://tiny.cc/9z5kgz. Acesso em: 14 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer n.º 1.304/2001. Diretrizes Nacionais Curriculares para os Cursos de Física. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 07 dez. 2001a, seção 1, p. Disponível em: http://tiny.cc/7z8kgz. Acesso em: 11 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer n.º 1.301/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Ciências Biológicas. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 07 dez. 2001b, seção 1, p. Disponível em: http://tiny.cc/7z8kgz. Acesso em: 11 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer n.º 1.303/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 07 dez. 2001c, seção 1, p. Disponível em: http://tiny.cc/038kgz. Acesso em: 11 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n.º 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 09 abr. 2002a, seção 1, p. 31. Disponível em: http://tiny.cc/0y8kgz. Acesso em: 11 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n.º 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 04 mar. 2002b, seção 1, p. 9. Disponível em: http://tiny.cc/9z5kgz. Acesso em: 14 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. PCNEM + Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, 2002c. Disponível em: https://bit.ly/2KGTht7. Acesso em: 14 jun. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE n.º 2, de 1.º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 jul. 2015, seção 1, p. 28. Disponível em: http://tiny.cc/wz6kgz. Acesso em: 12 jun. 2019.
BUCHMANN, Margret. The priority of Knowledge and understanding in teaching. In: KATZ, Lilian; RATHS, Jonas. (Eds.). Advances in Teacher Education (vol. 29-50). Norwood: Ablex. 1984. Disponível em: https://shorturl.at/knoL3. Acesso em: 11 jun. 2019.
CANDAU, Vera Maria Ferrão. A formação de educadores: uma perspectiva multidimensional. Em aberto. Brasília, 1 (8): 19-21, ago. 1982.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
CELLARD, André. A análise documental. In: POUPART, Jean et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: Vozes, 2008.
CONTRERAS, José. Autonomia de professores. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
CORÔA, Renata Paixão. Saberes construídos pelos professores de matemática em sua prática docente na educação de jovens e adultos. 2006. 110 fls. Dissertação (Mestrado em Educação e Ciências Matemáticas) – Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/1784/1/Dissertacao_SaberesProfessoresMatematica.pdf. Acesso em: 11 de jun. 2019.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1997.
DINIZ-PEREIRA, Júlio Emílio. As licenciaturas e as novas políticas educacionais para a formação docente. Educação & Sociedade, ano XX, n.º 68, dezembro, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a06v2068.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73301999000300006
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade um projeto em parceria. São Paulo: Loyola, 2017.
FELDENS, Maria das Graças Furtado. Educação de professores: tendências, questões e prioridades. Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, 13(61):16-26, nov./dez. 1984.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GARCÍA, Carlos Marcelo. Formación del professorado para el cambio educativo. 2. ed. Barcelona: Espanã. Editora EUB. 1995.
GATTI, Bernadete Angelina; BARRETO Elba Siqueira de Sá. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO, 2009.
GATTI, Bernadete Angelina; NUNES Marina Muniz Rossa. Formação de professores para o ensino fundamental: estudo de currículos das licenciaturas em pedagogia, língua portuguesa, matemática e ciências biológicas. São Paulo: FCC/DPE, 2009. Disponível em: http://tiny.cc/gsllgz. Acesso em: 12 jun. 2019.
GAUTHIER, Clermont et al. Por uma teoria da Pedagogia. Ijuí: Unijuí, 1998.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA. Resolução n.º 6, de 14 de dezembro de 2009. Dispõe sobre o Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Química, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Ji-Paraná. Aprovado Ad referendum. Coordenação de Licenciatura. Colorado do Oeste.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA. Resolução n.º 5/CONSUP/IFRO, de 12 de março de 2012a. Dispõe sobre o Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Física, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Porto Velho Calama. Disponível em: https://bit.ly/2CTywWO. Acesso em: 13 jun. 2019.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA. Resolução n.º 7/CONSUP/IFRO, de 12 de março de 2012b. Dispõe sobre o Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Ariquemes. Disponível em: https://bit.ly/2D3DO1S. Acesso em: 13 jun. 2019.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA. Resolução n.º 8/CONSUP/IFRO, de 12 de março de 2012c. Dispõe sobre o Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Colorado do Oeste. Disponível em: https://bit.ly/35iUzCk. Acesso em: 12 jun. 2019.
JAPIASSÚ, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
JIMÉNEZ, Vicente. Mellado; BRAVO, Teodoro. González. La formación inicial del professorado de ciências. In: PERALES, J.; CANÃL, P. Didáctica del las ciencias experimentales. Alcoy: Marfil, 2000.
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU/EDUSP, 1987.
KRASILCHIK, Myriam. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo em Perspectiva, v. 14, n. 1, 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-88392000000100010
MATOS, Gilda Maria Amarante et al. Recursos didáticos para o ensino de botânica: uma avaliação das produções de estudantes em Universidade Sergipana. HOLOS, Ano 31, v. 5, p. 213-230, 2015. Disponível em: https://bit.ly/34d4qtu. Acesso em: 18 jul. 2018. DOI: https://doi.org/10.15628/holos.2015.1724
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti et al. Escola e aprendizagem da docência: processos de investigação e formação. São Carlos: EdUFSCAR, 2002.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti et al. Escola e aprendizagem da docência: processos de investigação e formação. 2. ed. São Carlos: EDUFSCar, 2010.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução: Eloá Jacobina. 21. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
NIZA, Sergio. Entrevista com o Dr. Sergio Niza para a revista Camine: depoimento. 2 vídeos (13’ 55’’) Entrevistadores: Célia David e Ricardo Ribeiro. Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Campus de Franca. 13 ago. 2012. Disponível em: https://bit.ly/2QDdbc1. Acesso em: 14 jun. 2019.
OLIVEIRA, Grassinete Carioca de Albuquerque; TANZI-NETO, Adolfo. Inter, trans, pluri e multi (disciplinaridade): Como esses conceitos contribuem para a sala de aula do professor de língua nacional?. Simpósio Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental. Anais [...]. Universidade Federal do Acre, 2016. Disponível em: http://tiny.cc/limlgz. Acesso em: 15 jun. 2019.
PENHA, Maranei Rohers. A Implantação e Implementação de Licenciaturas de Ciências da Natureza no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Rondônia – IFRO. 2018. 307 f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemática) Universidade Federal de Mato Grosso, Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Programa de Pós- Graduação em Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, 2019. Disponível em: https://www1.ufmt.br/ufmt/unidade/userfiles/publicacoes/677a88efe7dc5497dc9852dbfd2dffbf.pdf. Acesso em 02-02-2020.
PÉREZ GÓMEZ, Angel. O pensamento prático do professor: A formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, Antonio (Org.). Os professores e a sua formação. 3. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1997.
PIRES, Célia Maria Carolino. Novos desafios para os cursos de Licenciatura em Matemática. Campinas-SP: Mimeo, 1999.
SCHÖN, Donald. The reflective practitioner. New York: Basic Books, 1983.
SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: E.P.U., 2007.
SHULMAN, Lee. Those who understand: knowledge growth in teaching. Educational Researcher, v. 15, n. 2, fev. 1986, p. 4-14. Disponível em: http://tiny.cc/wjmlgz. Acesso em: 10 out. 2019. DOI: https://doi.org/10.3102/0013189X015002004
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis (RJ): Vozes, 2003.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Inovações e Projeto Político-Pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória? Cad. Cedes, Campinas, v. 23, n. 61, p. 267-281, dezembro 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v23n61/a02v2361.pdf. Acesso em: 15 jun. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-32622003006100002
ZANON, Lenir Basso et al. Recontextualização pedagógica de contextos/conteúdo de ciências em uma prática interdisciplinar e contextualizada no Ensino Médio. In: GAGLIAZZI, Maria do Carmo et al. (Org.). Aprender em Rede na Educação em Ciências. Ijuí: Unijuí, 2008.
ZEICHNER, Kenneth M. Formação reflexiva de professores: ideias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 A Revista Prática Docente tem o direito de primeira publicação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.