TECNOLOGIAS ASSISTIVAS, ENSINO DE FRAÇÕES E SURDEZ: OLHARES DE ACADÊMICOS DE UM CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DOI:
10.23926/RPD.2526-2149.2019.v4.n2.p391-410.id450Palavras-chave:
Ensino de Matemática, Tecnologias Assistivas, Surdez, Formação Inicial de ProfessoresResumo
Neste artigo apresentamos uma experiência investigativa com tecnologias assistivas e surdez, aplicada no Curso de Licenciatura em Matemática de uma Universidade Pública de Foz do Iguaçu/PR. Com base num Estudo de Caso e na Análise de Conteúdo, realizamos uma revisão bibliográfica sobre educação especial, inclusão escolar, formação inicial de professores e tecnologias assistivas, bem como implementamos uma proposta educativa com os acadêmicos da referida instituição, com o objetivo de trazer olhares desses futuros professores com relação ao uso de algumas tecnologias assistivas no ensino de frações, considerando as particularidades da surdez. Os resultados mostram que houve avanços no processo de ensino e aprendizagem deste conteúdo e sobre a temática da inclusão escolar na visão dos acadêmicos, e os apontamentos apresentados por eles nas descrições das aulas e a análise dos seus registros escritos permitem dizer que a proposta, a depender da criatividade e planejamento do professor e da consideração que o mesmo faz do contexto em que os alunos, ouvintes e surdos, se encontram inseridos, pode ser inclusiva. E as reflexões acerca dessa prática de ensino nos levam a concluir que houve uma contribuição significativa para a formação inicial dos acadêmicos do curso de Licenciatura em Matemática.
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