ESCRITA DE SINAIS: UMA PROPOSTA PARA O LETRAMENTO DE SURDOS EM L1

Autores

DOI:

10.23926/RPD.2526-2149.2018.v3.n1.p140-157.id162

Palavras-chave:

Escrita de Sinais, Ensino de Surdos, Aquisição, Letramento

Resumo

Este artigo apresenta dados de uma investigação sobre a aprendizagem da Escrita de Sinais por surdos como proposta de letramento como L1. A pesquisa foi necessária pois muitos surdos, embora tenham contato com Língua de Sinais, ainda passam pelo processo de alfabetização em língua portuguesa, mas, os surdos precisam da escrita da Libras como L1 para ter uma aprendizagem significativa. A pesquisa apresentou caráter exploratório de natureza qualitativa, seu delineamento se constituiu em um estudo de caso com uma adolescente surda e a análise empregada foi a microgenética. Os dados obtidos apontam que é necessário que o surdo aproprie-se da escrita de sua Língua, pois assim produzirá sentidos para sua aprendizagem, que a participante conseguiu alcançar o objetivo de visualizar de maneira significativa a relação da sinalização com a escrita de sinais. Assim, os dados indicaram que a escrita de sinais pode contribuir para a aquisição da escrita por adolescentes surdos que se encontram em distorção idade/série.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Marleide Francisco de Lima , UFPB

Graduada em Letras Libras (UFPB) Professora do Ensino Fundamental (EMEIF Idalina Rosa)

Edneia de Oliveira Alves , UFPB

Doutorado em Psicologia Social (UFPB) Professora de Libras (UFPB)

Marianne Rossi Stumpf , UFRGS

Doutorado em Informática na Educação (UFRGS) Professora associada (UFSC)

Referências

ARAÚJO, Aneide Oliveira; OLIVEIRA, Marcelle Colares. Tipos de pesquisa. Trabalho de conclusão da disciplina Metodologia de Pesquisa Aplicada a Contabilidade - Departamento de Controladoria e Contabilidade da USP. São Paulo, 1997. Mimeografado.

BRANCO, A. U.; SALOMÃO, S. Cooperação, competição e individualismo: pesquisa e contemporaneidade. Temas em Psicologia da SBP, 9 (1), p.11-18, 2001.

BRASIL. Lei nº 10. 436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Brasília: Senado Federal, 2002, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436>. Acesso em: 3 ago. 2016.

BRITO L. F. Integração social & Educação de surdos. Rio de Janeiro: Babel; 1993.

BUENO, J.G. Alfabetização do deficiente auditivo: estudo sobre a aplicação de abordagem analítica. São Paulo: PUSC, 1982. Dissertação (Mestrado em Ciência), 1982

CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walkiria Duarte (editores). Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, Volume II: Sinais de M a Z. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, Volume I: Sinais de A a Z. 3.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

DALLAN, M.S.S. Signwriting: escrita visual para língua de sinais - o processo de sinalização escrita. II Congresso Nacional de Surdez, São José dos Campos, 23 de maio de 2009.

FARIA, Maria Brito de; ASSIS, Maria Cristina de. (Org.) Língua Portuguesa e LIBRAS: teorias e práticas. 2. ed. João Pessoa: Editora da UFPB, 2013.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo. Atlas. 1991.

GOMES, Adriana Leite Limaverde; PEREIRA, Maria Goretti Lopes. (Orgs.) Psicologia da aprendizagem. Fortaleza - Ceará: UVA, 1999.

MACIEL, D. A co-construção da subjetividade no processo de aquisição da leitura e da escrita. IN. M.das G. T. Paz e A. Tamayo (Orgs.). Escola, saúde e trabalho: estudos psicológicos. Brasília: Ed. UnB, p. 41-70, 2000.

MÜLLER, Luiza de Souza. A interação professor - aluno no processo educativo. Integração: ensino, pesquisa, extensão. Novembro/2002. Ano VIII nº 31 (p. 276 - 280).

QUADROS, R. M. Alfabetização e o ensino da língua de sinais. Textura-ULBRA, v. 2, n. 3, 2013.

QUADROS, R. M. O ‘BI’ em bilinguismo na educação de surdos. In: FERNANDES, E. (Org.). Surdez e bilinguismo. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2011.

QUADROS, R. M. Um capítulo da história do SignWriting. 2010, Disponível em: . Acesso em: 3 ago. 2016.

QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira - Estudos lingüísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004. DOI: https://doi.org/10.18309/anp.v1i16.560

REILY, L. H. As imagens: o lúdico e o absurdo no ensino de arte para Pré- escolares surdos. In. SILVA, I. R.; KAUCHAKJE, S.; GESUELI, Z. M. (Orgs.). Cidadania, Surdez e Linguagem: desafios e realidades. Cap. IX (p.161-192).SP: Plexus Editora, 2003.

STROBEL, Karin. As Imagens do Outro sobre a Cultura Surda. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2008.

STUMPF, M. R. Aprendizagem de Escrita de Língua de Sinais pelo Sistema SingWriting: Língua de Sinais no papel e no computador. Porto Alegre: UFRGS, 2005. Tese (doutorado em informática na educação). DOI: https://doi.org/10.22456/1982-1654.9717

STUMPF, M. R. Transcrições de língua de sinais brasileira em signwriting. In: LODI, A. C. B.; HARRISON, K. M. P.; CAMPOS, S. R. L.; TESKE, O. Letramento e minorias. Porto Alegre: Mediação, 2002.

SUTTON, Valerie. Lessons in SignWriting. DAC – Deaf Action Committe for SignWriting. STUMPF, Marianne Rossi. (Tradução e adaptação). Disponível em: <https://escritadesinais.wordpress.com/2010/08/24/manual-de-signwriting-em-portugues/>. Acesso em: 31 jul. 2016.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

Downloads

Publicado

26.06.2018

Como Citar

FRANCISCO DE LIMA , Marleide; OLIVEIRA ALVES , Edneia de; ROSSI STUMPF , Marianne. ESCRITA DE SINAIS: UMA PROPOSTA PARA O LETRAMENTO DE SURDOS EM L1. Revista Prática Docente, [s. l.], v. 3, n. 1, p. 140–157, 2018. DOI: 10.23926/RPD.2526-2149.2018.v3.n1.p140-157.id162. Disponível em: http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/rpd/article/view/605. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Linguagens, códigos e suas tecnologias