“O POÇO”: A SOCIEDADE VERTICAL COMPARTIMENTALIZADA E A ESCOLA

Autores/as

DOI:

10.23926/RPD.2526-2149.2020.v5.n2.p1298-1313.id710

Palabras clave:

Verticalização, Desigualdade, Sistema socioeconômico, Escola

Resumen

Neste texto apresentamos uma interpretação acerca do filme espanhol “El hoyo”, em Língua Portuguesa: “O poço”, por meio do método fenomenológico. A personagem central, Goreng, é construída por meio de signos em uma representação dos seres humanos que se indignam com as injustiças de um sistema classista, desigual e combinado. Nessa analogia, somos convidados a refletir sobre a legitimidade das ações de força e coerção no âmbito do conflito dramático no qual estão inseridas, de construção de algo diferente à lógica estabelecida. O objeto que a personagem escolhe para acompanhá-lo na jornada é um livro, “Dom Quixote”, escrito por Miguel de Cervantes, que narra as desventuras do pequeno fidalgo castelhano que perde o juízo. Traçamos um paralelo com a sociedade neoliberal e com a escola própria deste tempo. Em uma sociedade verticalizada, a liberdade é sobreviver? Não buscamos trazer respostas de como a obra deve ser tangenciada, mas o que nos ocorreu ao imergir nela.

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Biografía del autor/a

Ana Lara Casagrande, UNESP

Doutora em Educação (UNESP/Rio Claro)  Professora na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/Cuiabá)

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Publicado

2020-08-31

Cómo citar

CASAGRANDE, Ana Lara. “O POÇO”: A SOCIEDADE VERTICAL COMPARTIMENTALIZADA E A ESCOLA. Revista Prática Docente (Revista Práctica Docente), [s. l.], vol. 5, n.º 2, p. 1298–1313, 2020. DOI: 10.23926/RPD.2526-2149.2020.v5.n2.p1298-1313.id710. Disponível em: https://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/rpd/article/view/461. Acesso em: 22 nov. 2024.

Número

Sección

Las ciencias humanas y sus tecnologías.