A MÚSICA ENQUANTO INSTRUMENTO DE ABORDAGEM DO PENSAMENTO FILOSÓFICO: UMA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO EM ADORNO, HORKHEIMER E ARENDT COM ADOLESCENTES

Autores

DOI:

10.23926/RPD.2021.v6.n1.e020.id984

Palavras-chave:

Música, Banalidade do Mal, Indústria Cultural

Resumo

Historicamente, a música é uma construção humana da subjetividade e criatividade dos indivíduos e, ao mesmo tempo, uma construção da identidade de grupo. A música revela ansiedades, modo de ser e desejos de uma sociedade, entre outros. Analisar as letras de músicas é desvendar um universo dentro de uma comunidade em determinado contexto. No presente trabalho, os alunos do terceiro ano do ensino médio foram instigados a analisarem músicas de diversos gêneros musicais, escolhidas a critério deles mesmos, com as temáticas: racismo, xenofobia, homofobia, misoginia e feminicídio. Objetivou-se explicitar as relações entre as letras de músicas conhecidas e como a mensagem reproduzida é introjetada e normalizada pelos ouvintes, não importando o discurso excludente ou opressor destas.  Os participantes, após o processo de escolha, puderam discutir os conceitos de indústria cultural, propaganda, cultura de massas (Escola de Frankfurt) e a banalização da maldade (Hannah Arendt), com resultado surpreendente do interesse dos alunos e ampliação de seu senso crítico em relação ao mundo ao seu redor.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Merielle Camilo, UNICENTRO

Mestrado em Bioenergia (UNICENTRO) Professora da Rede Estadual de Educação do Estado do Paraná (SEED-PR)

Marcos Cesar Danhoni Neves, UNICAMP

Doutorado em Educação (UNICAMP) Professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Belmiro Marcos Beloni, UNICENTRO

Mestre em Geografia (UNICENTRO) Técnico em Assuntos Educacionais (UTFPR) e Professor da Rede Estadual de Educação do Estado do Paraná (SEED-PR)

Alessandra Dutra, UNESP

Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa (UNESP) Professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Referências

AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS. Dados sobre refúgio no Brasil. Cômite Nacional para os Refugiados (CONARE), 2018.

ADORNO, Theodor Ludwig Wiesengrund; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos (Dialektik der Aufklärung – Philosophische Fragmente). – 1947.

ARENDT, Hannah. A vida do espírito. Rio de Janeiro (RJ): Civilização Brasileira: 2009.

ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia de Bolso; 2008.

ARENDT, Hannah.. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras; 1999.

BARCELOS, Ana Maria Ferreira. Metodologia de pesquisa das crenças sobre aprendizagem de línguas: estado da arte. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 1, n. 1, p. 71-92, 2001.

BORTONI, Larissa. Brasil é o país onde mais se assassina homossexuais no mundo. Radio Senado. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/brasil-e-o-pais-que-mais-mata-homossexuais-no-mundo acesso em 24/12/2020 às 16:00

Documentário: Mulheres brasileiras: do ícone midiático à realidade. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WdWjKBzCWO8

NOVAES, Adriana Carvalho. Pensar sem apoios: Hannah Arendt e a vida do espírito como política do pensar. 2017. Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas São Paulo.

MOREIRA, Rômulo de Andrade. Atlas da Violência no Brasil – 2019. Disponível em http://www.justificando.com/2019/06/12/atlas-da-violencia-no-brasil-2019/ acesso em 24/11/2020 às 14:52

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Atlas da Violência 2019. Brasília: Rio de Janeiro: São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. ISBN 978-85-67450-14-8. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/19/atlas-da-violencia-2019. Acesso em 14/12/2020 às 15:00

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Filosofia e Sociologia no Ensino Médio. Disponível em http://portal.mec.gov.br/pet/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/12768-filosofia-e-sociologia-no-ensino-medio-sp-1870990710

MORAIS, Gustavo. Exposição denuncia machismo em letras da música brasileira. Cifraclubnews. Disponível em: https://www.cifraclubnews.com.br/noticias/137163-exposicao-denuncia-machismo-em-letras-da-musica-brasileira-veja-fotos.html

MUNBY, Hugh. A qualitative approach study of a teacher’s beliefs’. Journal of Research in Science Teaching, v. 21, n. 1, p. 27-38, 1984.

NEVES, Marcos Cesar Danhoni. SILVA, Josie Agatha Parrilha da. (Org). Evoluções e Revoluções: o mundo em transição. 2ª edição. Maringá: Massoni, 2010.

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUARAPUAVA. Filosofia da Arte e da Política: uma atividade dos alunos das 3ª Séries, do Ensino Médio, do C.E. Visconde de Guarapuava. Disponível em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=19809

NUNAN, David. Research methods in language learning. Cambridge: Cambridge University Press, 1992.

SIQUEIRA, José Eduardo de. Irreflexão e a banalidade do mal no pensamento de Hannah Arendt. Revista Bioetikos- Centro Universitário São Camilo - 2011;5(4):392-400

Downloads

Publicado

30.04.2021

Como Citar

CAMILO, Merielle; DANHONI NEVES, Marcos Cesar; MARCOS BELONI, Belmiro; DUTRA, Alessandra. A MÚSICA ENQUANTO INSTRUMENTO DE ABORDAGEM DO PENSAMENTO FILOSÓFICO: UMA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO EM ADORNO, HORKHEIMER E ARENDT COM ADOLESCENTES. Revista Prática Docente, [s. l.], v. 6, n. 1, p. e020, 2021. DOI: 10.23926/RPD.2021.v6.n1.e020.id984. Disponível em: http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/rpd/article/view/383. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Linguagens, códigos e suas tecnologias