A MÚSICA ENQUANTO INSTRUMENTO DE ABORDAGEM DO PENSAMENTO FILOSÓFICO: UMA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO EM ADORNO, HORKHEIMER E ARENDT COM ADOLESCENTES
DOI:
10.23926/RPD.2021.v6.n1.e020.id984Palavras-chave:
Música, Banalidade do Mal, Indústria CulturalResumo
Historicamente, a música é uma construção humana da subjetividade e criatividade dos indivíduos e, ao mesmo tempo, uma construção da identidade de grupo. A música revela ansiedades, modo de ser e desejos de uma sociedade, entre outros. Analisar as letras de músicas é desvendar um universo dentro de uma comunidade em determinado contexto. No presente trabalho, os alunos do terceiro ano do ensino médio foram instigados a analisarem músicas de diversos gêneros musicais, escolhidas a critério deles mesmos, com as temáticas: racismo, xenofobia, homofobia, misoginia e feminicídio. Objetivou-se explicitar as relações entre as letras de músicas conhecidas e como a mensagem reproduzida é introjetada e normalizada pelos ouvintes, não importando o discurso excludente ou opressor destas. Os participantes, após o processo de escolha, puderam discutir os conceitos de indústria cultural, propaganda, cultura de massas (Escola de Frankfurt) e a banalização da maldade (Hannah Arendt), com resultado surpreendente do interesse dos alunos e ampliação de seu senso crítico em relação ao mundo ao seu redor.
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