EXPLORANDO UM MUSEU DE PRÉ-HISTÓRIA COMO ESPAÇO NÃO FORMAL PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS

Autores

DOI:

10.23926/RPD.2526-2149.2018.v3.n2.p461-476.id188

Palavras-chave:

Museu, Alfabetização científica, Mediação, Construtivista

Resumo

Neste artigo, apresentamos uma experiência sobre a utilização de espaços não formais para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao ensino e à aprendizagem de conteúdos curriculares que podem envolver diversas áreas do conhecimento, como a química e a biologia. Desse modo, destacamos um museu de pré-história como um potencial espaço não formal para o desenvolvimento dessas atividades. Utilizando pressupostos da pesquisa qualitativa e como recurso metodológico a aula de campo, realizamos observações e proposições sobre possíveis abordagens de temas relacionados ao ensino e aprendizagem de conceitos científicos, tendo como objetivo indicar aos professores meios alternativos ao processo tradicional de ensino que fragmenta o conhecimento. Como um espaço não formal para o ensino, o museu apresenta elementos que podem contribuir para a aprendizagem, uma vez que oferece formas de contextualizar o conhecimento das diferentes áreas, demonstrando ser um ambiente que propicia trabalhar assuntos relacionados com as Ciências da Natureza e, também, a conceitos étnicos, históricos, geográficos, linguísticos e políticos. Além disso, esse espaço se caracteriza como um local capaz de romper as barreiras da sala de aula, permitindo a interação do indivíduo com os artefatos expostos, contextualizando questões locais e contribuindo para a apropriação do conhecimento científico de maneira construtivista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Edimarcio Francisco da Rocha, UFMT

Mestre em Ensino de Ciências pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Professor no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Doutorando em Educação em Ciências e Matemática (REAMEC/UFMT).

Eduardo Ribeiro Mueller, UFMT

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Professor na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Doutorando em Educação em Ciências e Matemática (REAMEC/UFMT)

Edslei Rodrigues de Almeida, IFRO

Doutor em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso (REAMEC/UFMT). Professor no Instituto Federal de Rondônia (IFRO)

Referências

ALMEIDA, E. R.; SILVA, M. S. V. Uma abordagem reflexiva sobre a realização do trabalho prático de campo como instrumento da construção do conhecimento. Ponta Grossa, 07 a 09 de out. 2010. Disponível em: <http://www.sinect.com.br/anais2010/artigos/EB/199.pdf>. Acesso em 05 de mai. 2018.

CAZELLI, S.; QUEIROZ, G.; ALVES, F.; FALCÃO, D.; VALENTE, M. E.; GOUVEA, G.; COLINVAUX, D. Tendência pedagógicas das exposições de um museu de ciência. In. II ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS (SP), 01 a 04 de set. 1999, Valinhos. Atas...São Paulo: ABRAPEC, 1999.

CAZELLI, S., MARANDINO, M., STUDART, D. Educação e Comunicação em Museus de Ciências: aspectos históricos, pesquisa e prática. In: Educação e Museu: a construção social do caráter educativo dos museus de ciências. Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Access, 2003.

CHASSOT, Á. I. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação. n. 22, jan/fev/mar/abr. p. 89-100, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000100009

CHASSOT, Á. I. Das disciplinas à indisciplina. Curitiba: Appris, 2016.

DOURADO, L. Concepções e práticas dos professores de Ciências Naturais relativas à implementação integrada do trabalho laboratorial e do trabalho de campo. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 5, n. 1, p.192-212, 2006a.

DOURADO, L. O trabalho de campo na formação inicial de professores de biologia e geologia: opinião dos estudantes sobre as práticas realizadas. 2006b. Disponível em: <http://enciga.org/files/boletins/61/o_trabalho_de_campo_na_formacao_professores.pdf>. Acesso em 05 de maio. 2018.

FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 15. ed. Campinas: Papirus, 2008.

FIGUEROA, A. M. S.; MARANDINO, M. A transposição museográfica e os objetos de exposições: as células nos museus de ciências. In: V ENEBIO e II EREBIO REGIONAL 1. 2014, Vitória, Revista da SBEnBio, n. 07, out. 2014.

GADOTTI, M. A questão da educação formal/não-formal. In: Institut International des droits de l’enfant (IDE), Suisse, 2005.

GOUVÊA, G.; MARANDINO, M.; LEAL, M. C. Educação e Museu: a construção social do caráter educativo dos Museus de Ciência. Rio de Janeiro: Ed. Access, 2003.

JACOBUCCI, D. F. C. Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação da cultura científica. Revista em Extensão, v. 7, p. 55-66, 2008. DOI: https://doi.org/10.14393/REE-v7n12008-20390

MARANDINO, M. O Conhecimento Biológico nas Exposições de Museus de Ciências: análise do processo de construção do discurso expositivo. 2001. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. 2001.

MARANDINO, M.: A pesquisa educacional e a produção de saberes nos museus de ciência. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 12 (suplemento), p. 161-81, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702005000400009

MARANDINO, M. As Perspectivas da Pesquisa Educacional em Museus de Ciências. In: SANTOS, F. M. T. dos; GREGA, I. M. (Orgs). A Pesquisa em Ensino de Ciências no Brasil e suas Metodologias. 2 ed. rev. Ijuí: Unijuí, p. 89-122, 2011.

MARTINS, L. C. A relação museu/escola: teoria e prática educacionais nas visitas escolares ao museu de zoologia da USP. 2006. 245 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2006.

MINAYO, M. C. S. Ciência, Técnica e arte: O desafio da Pesquisa Social. In MINAYO, M.C.S (Org.). Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. Petrópolis: Vozes, 1994.

MUELLER, E. R. Educação do Campo na Amazônia Legal de Mato Grosso: o perfil do estudante egresso em relação à aprendizagem de química. 2012. 102 p. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. 2012.

OVIGLI, D. F. B. Prática de Ensino de Ciências: o museu como espaço formativo. Revista Ensaio, v. 13, n. 03, p. 133-149, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172011130309

QUEIROZ, R. M.; TEIXEIRA, H. B.; VELOSO, A. S.; TERÁN, A. F.; QUEIROZ, A. G. A caracterização dos espaços não formais de educação científica para o ensino de ciências. Revista Amazônica de Ensino de Ciências (Areté), v. 4, n. 7, p. 12-33, 2011.

SABBATINI, M. Museus e centros de ciência virtuais: uma nova fronteira para a cultura científica. Revista Comciência, n. 45, p. 1-6, 2003.

SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Aulas de campo em ambientes naturais e aprendizagem em ciências: um estudo com alunos do ensino fundamental. Ciência & Educação, v. 10, n. 1, p. 133-147, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-73132004000100010

SILVA, M. L.; TROIAN, T. V. S. P.; NETO, G. G.; HARDOIM, E. L. Do morro da caixa d’água velha ao mercado do porto: utilizando pontos turísticos de Cuiabá-MT como espaços não formais para o ensino de ciências e matemática. Revista Prática Docente, v. 2, n. 2, p. 292-303, 2017. DOI: https://doi.org/10.23926/RPD.2526-2149.2017.v2.n2.p292-303.id93

TEMPESTA, A. M.; GOMES, L. C. Contribuições de um museu de ciências para a formação docente em física. Investigações em Ensino de Ciências, v. 22 (1), pp. 78-102, 2017. DOI: https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2017v22n1p78

VIEIRA, V.; BIANCONI, M. L.; DIAS, M. Espaços não-formais de ensino e o currículo de ciências. Revista Ciência e Cultura, v. 57, n. 4, p. 21-23, 2005.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Downloads

Publicado

26.12.2018

Como Citar

FRANCISCO DA ROCHA, E.; RIBEIRO MUELLER, E.; RODRIGUES DE ALMEIDA, E. EXPLORANDO UM MUSEU DE PRÉ-HISTÓRIA COMO ESPAÇO NÃO FORMAL PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS. Revista Prática Docente, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 461–476, 2018. DOI: 10.23926/RPD.2526-2149.2018.v3.n2.p461-476.id188. Disponível em: http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/rpd/article/view/573. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Ciências da natureza e suas tecnologias